Realmente impactante, mesmo sendo filmado em 1971
e eu assistindo 41 anos depois.
Não pela contagem dos anos,
mas porque violência, ainda mais ultra,
nunca vai parar de deixar a gente um tanto quanto pasmo,
ou com náuseas.
Não que como nosso humilde narrador
eu tenha sofrido algum tipo de lavagem cerebral
em tratamentos experimentais,
mas é que depois de assistir,
fui pesquisar sobre o filme.
De fato, em 1971,
repressão e ditadura ainda eram presentes.
Afinal, tudo se deve ao fato da grande guerra,
que sempre será assunto pautado para explicar uma sucessão de fatos
que às vezes nem têm nada a ver com a história toda.
Enfim, nesse caso acho que tem sim.
É bem o que li mesmo, e o que dá pra perceber,
de uma forma bem hipnótica,
nada monocromática, o diretor do longa nos faz ficar
quase que drogados assistindo o filme,
sem desviar o olhar e a atenção.
Porém, ele sempre foi criticado por usar câmera de mão, etc.
Mas essa não é a questão.
Na verdade, é muito bem explicadinho,
que o ser humano nada mais é que um fantoche da sociedade.
Assim como o Pinocchio mostra sem a gente perceber,
e com ele, alguns outros personagens também.
Bem, na verdade o seu A-lex (do latim: sem lei),
como intitulado pelo Sepultura,
era um jovem normal que até mentia dores para não ir à escola.
Porém, numa sociedade inglesa futurística,
já tão reprimida, degenerada e violentada,
que fez juz ao uso do ditado:
"violência gera violência",
o futuro do planeta, vulgo jovem, retribui com o que recebe.
A grande questão do filme
é se o ser humano, o homem,
sabe exercer seu direito de escolha entre o certo e o errado,
se ele precisa se privar de coisas que aprecia,
como no caso de Alex De Large, a nona sinfonia,
para isso;
Se ele compreende O QUE É certo e errado
nessa sociedade tão tênue entre esses dois contextos que nós videamos.
- Onde em determinado momento até seus mais próximos se viram contra você e onde ninguém tem direito a uma segunda chance. Tudo bem, eu , autora daqui, também acho que nem todo mundo merece. Mas a questão é se ele estava realmente mudado e pronto para receber essa segunda chance, ou somente estava sendo manipulado, e não sentia realmente nada daquilo que se referia, nos moldes da sociedade, o que chamamos de fazer o bem. OLHA O FOCO E VOLTA PRO TEXTO, LEITOR AMIGO. -
Ou se ele necessita que digam a ele de forma
a manipulá-lo para que saiba o que é o que,
privando-es do que já mencionei,
e tornando-se Pinocchio para a sociedade.
Com o que é certo para ela, e errado para a mesma, e para o sistema.
AGORA
eu entendo o porquê do ar futurístico: o presente que vivemos, que não é muito diferente,
a não ser pelos molokos aditivados. (Agora os prêmios todos fazem sentido para mim. Foram merecidos)
O filme parece ser uma merda. (Dá-lhe contradição, heim)
Mas a gente tem que entender que naquela época não tinham tantos recursos tecnológicos como hoje,
e que as percepções do mundo atual não poderiam ser tão reais,
já que não se tinha vivenciado 2012, ou mais pra frente, ainda.
VOCÊ SABIA?
- O filme foi proibido de passar no Brasil, nos primeiros anos de seu lançamento, e só em '78 veio pra cá, com aquelas censuras que a gente adora, em tudo quanto era nudez.
Brasil, um país que esconde nudez, mas não esquece de censurar ultra violência.
- Essa espécie de idioma narrado no filme, e utilizado all the time, recebe o nome de Nadsat, mistura de inglês, russo e mais alguma coisa que o autor do livro achou interessante criar, já que o ar é futurístico, e ninguém sabe o ano em que se passa.
Então, se você não teve paciência nas primeiras 5 vezes, se tentou mas algum parente te impediu de ver porque tirava sua atenção, se seu namorado reclamou que queria ver "Os vingadores" ao invés desse, se caiu um meteoro ao lado da sua casa e por algum motivo você não conseguiu assistir, faça-o agora. VALE A PENA! É muito louco e você vai viajar e sempre olhar todas as embalagens de leite para ver o que tem na fórmula, além de nunca mais bebericar moloko na casa de ninguém.
Então, é isso.
Boa noite, humilde leitor, lê-se, droog. ;)
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